quarta-feira, 15 de abril de 2009

. Fujo, fujo desesperadamente; ela está sempre lá, perseguindo-me, encontrando alguém em que possa-se fazer presente. Ninguém a vê, mas está lá; à espreita, pronta para atacar. Não sei se a busco, não sei se dela desejo fugir; sei apenas que é o meu fim; destino precoce. Não há escolha, não há saída. Por fim, vejo que é como tudo que tenho na vida; ganho para perder. As drogas deixam-me em êxtase, mas tiram toda e qualquer sanidade ou respeito própio. O sangue alivia, mostra-me a vida que há em mim, mas logo pode esgotar-se. As pessoas vão e vêm; são as que mais me machucam, com tanto egoísmo e comodidade. E ela,ela... ela é um delírio louco, um desejo constante, algo que quero ter e, por mais que me sobrecarreguem de dor, não me dão como recompensa. E então, pela segunda vez, quero viver. E, pela segunda vez, toda a esperança é arrancada de mim; com minha alma, corpo, mente e coração. Sempre esperando, livrando-me dela por incontáveis vezes; deixando-me crer que sou invencível, apenas para terminar com um belo e cruel ato final. Um ato mortal.

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