segunda-feira, 30 de março de 2009

. "Baby baby
Em nosso primeiro encontro eu nunca senti algo tão forte
Você era tipo meu amante e meu melhor amigo
Tudo embrulhado e com um laço em cima
E de repente, você foi embora
Eu não soube como seguir
É como um choque que me atingiu
E agora meu coração está morto
Eu me sinto tão vazia e oca
E eu nunca me entregarei para outra pessoa como me
entreguei para você
Você nem mesmo reconhece a forma como me magoou, não é?
Vai precisar de um milagre para me trazer de volta
E você é o culpado
E agora eu me sinto como....oh!
Você é a razão pela qual estou pensando
Eu não quero fumar mais estes cigarros
Eu acho que é isso que eu ganho pelos pensamentos ilusórios
Nunca deveria ter te deixado entrar pela minha porta
Da próxima vez que você quiser ir embora
Eu simplesmente deveria deixar você ir
Porque agora estou usando como eu sangro
É como se eu tivesse entrado num centro de reabilitação
E, querido, você é a minha doença
É como se eu tivesse entrado num centro de reabilitação
E, querido, você é a minha doença
Eu preciso entrar num centro de reabilitação
Porque, querido, você é a minha doença
Eu preciso entrar num centro de reabilitação
Porque, querido, você é a minha doença
Droga, não é uma loucura quando você está completamente apaixonada?
Você faria qualquer coisa por quem ama
Porque sempre que você precisasse de mim, eu estaria lá
É como se você fosse minha droga favorita
O único problema é que você estava me usando
De um modo diferente de como eu estava te usando
Mas agora que eu sei que não era para dar certo
Eu preciso ir, eu preciso me livrar de você
E eu nunca me entregarei para outra pessoa como me
entreguei para você
Você nem mesmo reconhece a forma como me magoou, não é?
Vai precisar de um milagre para me trazer de volta
E você é o culpado
E agora eu me sinto como....oh!
Você é a razão pela qual estou pensando
Eu não quero fumar mais estes cigarros
Eu acho que é isso que eu ganho pelos pensamentos ilusórios
Nunca deveria ter te deixado entrar pela minha porta
Da próxima vez que você quiser ir embora
Eu simplesmente deveria deixar você ir
Porque agora estou usando como eu sangro
É como se eu tivesse entrado num centro de reabilitação
E, querido, você é a minha doença
É como se eu tivesse entrado num centro de reabilitação
E, querido, você é a minha doença
Eu preciso entrar num centro de reabilitação
Porque, querido, você é a minha doença
Eu preciso entrar num centro de reabilitação
Porque, querido, você é a minha doença
Agora, garotas, me dêem isso...
Oh, oh, oh, oh, ohohoh, oh, oh, ohh
Agora me dêem isso...
Oh, oh, oh, oh, ohohoh, oh, oh, ohh
Minhas garotas me dêem isso...
Oh, oh, oh, oh, ohohoh, oh, oh, ohh
Agora me deem isso...
Oh, oh, oh, oh, ohohoh, oh, oh, ohh
Oh! Você é a razão pela qual estou pensando
Eu não quero fumar mais estes cigarros
Eu acho que é isso que eu ganho pelos pensamentos ilusórios
Nunca deveria ter te deixado entrar pela minha porta
Da próxima vez que você quiser ir embora
Eu simplesmente deveria deixar você ir
Porque agora estou usando como eu sangro
É como se eu tivesse entrado num centro de reabilitação
E, querido, você é a minha doença
É como se eu tivesse entrado num centro de reabilitação
E, querido, você é a minha doença
Eu preciso entrar num centro de reabilitação
Porque, querido, você é a minha doença
Eu preciso entrar num centro de reabilitação
Porque, querido, você é a minha doença"

. Sobre outra droga, é, nunca vou me reabilitar.

sábado, 28 de março de 2009

. "Bum bum be-dum bum bum be-dum bum
Bum bum be-dum bum bum be-dum bum
Bum bum be-dum bum bum be-dum bum
Bum bum be-dum bum bum be-dum bum
O que há de errado comigo?
Por que me sinto assim?
Estou enlouquecendo agora
Sem gasolina no tanque
Não consigo nem dar a partida
Nada ouvido, nada dito
Não se pode falar sobre
Sou uma luz na minha cabeça
Não quero pensar nisso
Sinto como se estivesse ficando louca
É um ladrão no meio da noite
Que chega e te pega
Pode arrastar-se para dentro de você
E te consumir
Uma doença da mente
Pode te controlar
É tão perto do conforto
Vista suas luzes verdes
Nós estamos na cidade das maravilhas
Não vou jogar limpo
Tome cuidado, você só pode ir por baixo
É melhor pensar duas vezes
Seu fluxo de pensamentos será alterado
Então se for errar, seja prudente
Sua mente está paranóica
É como a escuridão na luz
Paranóia
Estou te assustando essa noite?
Paranóia
Não é usado ao que você gosta
Paranóia
Paranóia
Bum bum be-dum bum bum be-dum bum
Bum bum be-dum bum bum be-dum bum
Bum bum be-dum bum bum be-dum bum
Bum bum be-dum bum bum be-dum bum
Retratos desbotados na parede
É como se eles falassem comigo
Telefonemas que não se completam
O telefone sequer toca
Eu tenho que sair
Ou resolver essa porcaria
É tão perto do conforto
É um ladrão no meio da noite
Que chega e te pega
Pode arrastar-se para dentro de você
E te consumir
Uma doença da mente
Pode te controlar
Eu me sinto como um monstro

Vista suas luzes verdes
Nós estamos na cidade das maravilhas
Não vou jogar limpo
Tome cuidado, você só pode ir por baixo
É melhor pensar duas vezes
Seu fluxo de pensamentos será alterado
Então se for errar, seja prudente
Sua mente está Paranóica
É como a escuridão na luz
Paranóia
Estou te assustando essa noite?
Paranóia
Não é mais como antes
Paranóia
Paranóia
Bum bum be-dum bum bum be-dum bum
Bum bum be-dum bum bum be-dum bum
Bum bum be-dum bum bum be-dum bum
Bum bum be-dum bum bum be-dum bum
Libere-me desta praga
Estou tentando continuar dócil

Mas estou me esforçando
Você não pode ir
Eu acho que estou indo
Vista suas luzes verdes
Nós estamos na cidade das maravilhas
Não vou jogar limpo
Tome cuidado, você só pode ir por baixo
É melhor pensar duas vezes
Seu fluxo de pensamentos será alterado
Então se for errar, seja prudente
Sua mente está paranóica
É como a escuridão na luz
Paranóia

Estou te assustando essa noite?
Paranóia
Não é mais como antes
Paranóia
Paranóia
Bum bum be-dum bum bum be-dum bum
Bum bum be-dum bum bum be-dum bum
Bum bum be-dum bum bum be-dum bum
Bum bum be-dum bum bum be-dum bum"


. Fases não existem.

terça-feira, 24 de março de 2009

. Sei, estou perdendo a razão. Sei, eu deveria escrever coisas interessantes, coisas publicáveis, como, por exemplo, a minha opinião sobre as pessoas e o mundo. Sobre o porquê de ser contra a gravidez e mais milhões de coisas. Mas quem se importa? Eu sempre imaginei que, se eu pudesse melhorar, pudesse ser escritora ou fazer qualquer coisa para mudar pelo menos uma pessoa, viver poderia vir a valher a pena. Só que todo mundo está cagando. Desde o começo. Quem se importou em cuidar e proteger uma criança? Quem percebeu toda a merda que envolvi a mim mesma? Quem ligou, contando que podesse foder, literalmente, com uma criança? Quem se importou em zoar a vida toda de uma garota estranha, por coisas que aconteceram e ela não pôde evitar? E agora, quem se importa? O dinheiro importa, a sanidade alheia importa. E eu, porra, quando é que alguém vai me enxergar? Egoísmo, ganância, auto-preservação, futilidades. Sim, odeio todos eles. Todo mundo sempre pisou em cima, mas jamais alguém se importou de verdade. Quando mais precisei de ajuda na vida, ouvi que estava fazend-a morrer, que sempre faria alguém sofrer. Então para que, para que continuar nesse ciclo vicioso? Depois, quando consegui confiar de novo e pedir ajuda, fui traída. Pela única pessoa que consegui amar de verdade. É tão absurdo continuar. Eu poderia, sei lá, publicar um grande livro e me matar em seguida, mas isso demoraria tanto... Nem sei o que digo, estou tão cansada... No fim, o blog não vai servir para nada. Não vai mudar nada. Talvez tomem coragem e explodam alguns lugares para matar uma porção de imbecis. Sim, eu gostaria disso.
. O pior é que, mesmo completamente deprimida, mal consigo raciocinar. Estou fora de mim. Só de pensar em pegar a lâmina e me cortar, meu corpo todo fica mole. Ou ficar sentada aqui. No entanto, sinto que o momento se aproxima e este blog não está cumprindo sua função. Poucos dias foram tão claros, quase não há mais medo. O alívio toma conta de tudo - posso fechar os olhos e me imaginar como a garota dos frangos, pendurada e morta. Ou pulando, como o aidético. Comprimidos, cortar os pulsos, respirar gás, ter uma overdose, qualquer coisa. Não vem ao caso. O que importa é que me dá paz.

. Paulie: ânsia, que ânsia sufocante que se apodera de mim! Sentir-te, até perder-me em mim; cheirar-te, até que nenhuma outra fragrância se oponha a sua; comer-te, até confundir nossas entranhas; beijar-te, até que roubes o rubor da minha face ensandecida...
Marie: e, depois que o mundo já não for mundo e minha alma já não for minha, estarei perdida entre brancas nuvens serenas ou o queimar lancinante que faz-nos renascer – punição eterna – ou, quem sabe, espectador da própia tragédia. Que dirá então, meio termo? Celas cinza, lisas, enfadonhas, apáticas; onde fica-se surdo dos pensamentos e cego dos sentidos...Quem há de suportar...?
Sophie: ergo-me; caio; ergo-me novamente – presa estou – enclausurada, acorrentada; ferida. Andei pelos três estágios da Morte, passei por cobras com olhos de rubi e águias de ouro. Fiz o que foi-me ordenado e continuo sem a resposta – valerá a pena?
Paulie: o que prende-me aqui? Que vínculos ainda há? E, por quem meu coração ainda clama? Desejo, anseio, grito até perder a voz; nada de decidir-me. O erro, cruel possibilidade, amarra-me, mais e mais. Ai de mim!
Marie: como pode dor tão cruel apoderar-se de mim? Deitar-me-ei.
Sophie: viajei e vi diversos caminhos, interligados e infinitos...Conheci a dor, conversei com a solidão, beijei a angústia; pelo outro lado, abracei o alívio e despedi-me da culpa. Voei por altas montanhas e, vendo a vida por cima, blasfemei Deus. Mergulhei em um rio transparente que, sem nada pedir em troca, curou-me os flagelos; a bondade não se extinguiu por completo. No balanço final, quando o vento perguntou-me se nada havia a perder, emudeci; perdi a voz.
Marie: levante-se, levante-se, ainda há esperanças!
Paulie: deixe-me, vá embora! Perdi-me nas minhas nuances, apaguei-me no meu próprio sangue e, no bombear do meu coração, insensível sou a qualquer minúscula gota de vida. Apunhalar-me-ia, caso houvesse certezas...
Sophie: perdi, por fim, a imaginação e o vazio e a apatia apoderam-se de mim. Nada mais vejo nos meus delírios e, com o último gole, entregar-me-ei ao mistério!
Marie: sim, apenas um gole! Veneno este tão doce que, finalmente, trará a paz.
Paulie: liberto-me! Voarei pelo infinito; livre! Destruindo a mim, destruirei também os incontáveis demônios que fazem-me definhar e, por fim, estarei só!

segunda-feira, 23 de março de 2009

. Existe uma estrada cheia de buracos, toda enlameada, escorregadia e com partes faltando. Uma pessoa, completamente sozinha, começa a escalá-la. É difícil, dura muito tempo e a pessoa não tem ajuda alguma. Toda hora ela cai, se machuca, mas continua subindo, continua insistindo. Em um certo ponto, suas forças acabam, mas, ainda assim, a pessoa resolve tentar mais um pouquinho. Finalmente, ela encontra um pedaço livre e bonito;quase sem obstáculos. Então se dá esperanças e segue em frente. Tudo é tão lindo e parece que os inúmeros obstáculos ficaram bem para trás. De repente, encantada pela paisagem, a pessoa não consegue enxergar um pé esticado no meio do caminho. Ela cai e rola estrada abaixo, sabendo que foi proposital, sabendo que precisaria recomeçar tudo outra vez. E recomeça, porém, sempre naquele mesmo ponto, sempre depois do alívio de esquecer toda a dor, ela é empurrada novamente. É proposital, pode-se ouvir as risadas. Finalmente, as forças terminam e a pessoa desiste. Sabe que não há outro caminho, que não há ninguém, exceto pessoas que vão derrubá-la hora após horas. Ela é invisível.

domingo, 22 de março de 2009

. Como odeio as pessoas... Sinto desprezo por precisar delas, desprezo de mim mesma. Está todo mundo cagando para todo mundo. Um show, uma festa, ficar com alguém, tudo é mais importante do quer o mínimo de consideração por alguém. Principalmente se diz amar este alguém. E cometo o mesmo erro. De novo, de novo, de novo. Tudo que queria é parar de ser tão imbecil, tudo que fazem é aproveitar da minha generosinade e vulnerabilidade para, depois que conseguem outra pessoa com mais a oferecer, ferrarem com você e com tudo que foi dado. Te deixam sem porra nenhuma e a única vontade é morrer de uma vez para não recomeçar esta merda. Só queria não sentir nada por ninguém, conseguir ficar sozinha. Mas a solidão só me destrói. E as pessoas só me destroem. Não há nada a se fazer...
. Às vezes me escondo tanto, que chego a me proteger de mim mesma e deixo de vir postar, não consigo decidir-me se posso ou não me dar. Estou fugindo o tempo todo, isso cansa muito, me esgota, acaba com todas as minhas forças. Sou tão contraditória que mal posso suportar eu mesma. Porque quero fugir, mas quero que alguém me enxergue de verdade. Quero sofrer muito, mas quero tanto ser feliz. Quero tanto, tanto, tanto um amigo que seja... mas, se consigo, estrago tudo. "Você sempre fará as outras sofrerem." A verdade é que nunca quis machucar alguém, mas só o que fizeram foi machucar-me. A lição que aprendi melhor na vida é que esperança é o pior sentimento que se pode ter. Você acredita, e acredita de novo, de novo e uma vez mais. Para te desapontarem, para todos irem embora. Gostar de alguém me deixa em pânico. Quanto mais eu gostar, quanto mais eu me doar, mais me desaponto e fico sem nada. Aliás, eu nem sei se ainda há algo para dar. A única coisa que tenho certeza é que ninguém é confiável, que mostrar-se vulnerável é a coisa mais idiota a se fazer e que palavras são apenas palavras. Promessas não passam de promessas. Sempre existe uma sobremesa mais gostosa, sempre existe alguém mais importante. Meu maior erro, como já disse, é esperar dos outros as atitudes que eu teria. Acontece que isso não ocorre, e se não ocorre, como posso deixar alguém chegar perto? Não tenho problemas em me doar e, sim, posso cobrar demais, mas tudo me parece tão errado. E ao mesmo tempo que tudo o que quero é respirar, me prendo cada vez mais. Ao mesmo tempo que o mais desejo é ter amigos, não consigo mantê-los. Porque sei que, para mim, o fim vai ser sempre o mesmo e eu simplesmente não suporto passar por isso outra vez...

segunda-feira, 16 de março de 2009

sexta-feira, 13 de março de 2009

Correntes...

. Preciso fugir, preciso me livrar destas correntes. Estão perseguindo-me. Membro e membro, passo a passo; cada respiração sôfrega. Não há onde se esconder e tudo é escuro, querem matar-me, querem dissecar-me e descobrir como funciona o cérebro de um mostro - o meu cérebro. Querem arrancar pedaço por pedaço, quem sabe não tenho um gosto gostoso, apesar de todo o exterior? Desespero-me, estou só, vejo vultos e não sei se são reais. São meus própios vultos? Ninguém pode me ajudar, querem destruir-me para que ninguém mais precise me ver.
. Vejo uma faca, uma foice, um martelo. Com o martelo, meus membros serão retirados. Não há nada para ver, há? Peço socorro, mas morri. Estou morta.
. E eu mesma me matei.

quinta-feira, 12 de março de 2009

. "Nunca ganho em primeiro lugar, eu não apoio o time. Eu não posso assumir a direção e as minha meias nunca estão limpas. Professores me namoraram, meu pais me odiaram. Eu estava sempre em uma briga porque eu não posso fazer nada certo. Todo dia eu luto uma guerra contra o espelho. Eu não posso assumir a pessoa me encarando de volta. Eu sou um risco pra mim mesma. Não deixa eu me pegar, eu sou o meu pior inimigo. É ruim quando voce nao suporta a si mesmo, é tão irritante. Não quero mais ser minha amiga, eu quero ser qualquer outra pessoa. Eu quero ser qualquer outra pessoa. LA(Los Angeles) me disse: você vai ser uma estrela , tudo que voce tem que mudar é tudo que você é. Cansada de ser comparada com a "merda" da Britney Spears, ela é tão linda. Isso é tudo que eu nao sou. Então, doutor,doutor - você não quer por favor me receitar alguma coisa?Um dia na vida de qualquer outra pessoa? Não deixa eu me pegar. Ohhh, eu sou um perigo pra mim mesma, yeah. Não deixa eu me pegar. Eu sou meu pior inimigo. É ruim quando vc não se suporta você mesma. Tão irritante(tão irritante). Não quero mais ser minha amiga. Não, não, quero ser qualquer outra pessoa. Não deixa eu me pegar(não deixa), (não deixa). E sou meu pior inimigo(não deixa eu me pegar). É ruim quando você não se suporta(é ruim, tão ruim). Tão irritante. Não quero mais ser minha amiga(Como?). Eu quero ser qualquer outra pessoa. Não deixa eu me pegar, não deixa eu me pegar. Eu sou meu pior inimigo."

. Sim, é tão ruim ser eu mesma. E o pior: é tão ruim ser as máscaras também. Não importa o que eu faça, jamais serei outra pessoa, nada vai poder limpar tudo isso. Nada. Nunca. Uma maldição, uma aberração, um grande problema. Elefantes rosas que ninguém vê. Tão berrante, com tantas marcas. Menininha doente. Doença só serve quando é física. Só se pode cuidar de algo tocável, se eu tivesse morrido, talvez recebesse flores. E eu só me odeio, sempre implorei a morte, sempre cheguei em extremos e ninguém jamais viu nada disso. Ninguém me viu cair... E agora, me seguraram de uma outra queda, apenas para ver-me caindo de um lugar mais algo, em um chão mais doloroso. E eu procuro motivos, procuro por mim mesma. E tudo que encontro são cortes horríveis, tudo que encontro é vazio. Dou-me corda, mais uma vez, por outra pessoa. E isso é bom, isso me mantém viva, a sobrevivência também pode ter marcas. Eu posso ser quem eu quiser, fazer o que quiser, exceto fugir de mim mesmo e do monstro que aperfeiçoei por tantos anos... E eu não sei, eu duvido, que qualquer pessoa um dia vá me ver de verdade. Vou me proteger de todos os jeitos. POr melhor que eu possa ser, por melhor que o Erick tenha sido, não é nada disso que importa. E continuo me mutilando inteira, continuo procurando. Sem na verdade nem saber o que...
. "Anjo cintilante, eu acreditei que tu eras o meu salvador quando eu mais precisava. Cegada pela fé, eu não consegui ouvir todos os sussurros, os avisos tão claros. Eu vejo os anjos, eu os guiarei até sua porta. Agora não há como fugir, piedade nunca mais. Sem remorso porque eu ainda me lembro do sorriso quando tu me rasgastes em pedaços. Tu levastes o meu coração, enganai-me desde o começo, mostrasta-me os sonhos e eu desejei que eles se tornassem realidade. Quebras-te a promessa e fizeste-me perceber que tudo era mentira. Anjo cintilante, eu não consegui ver suas intenções sombrias, seus sentimentos por mim. Anjo caído, conte-me o porque? Qual a razão da aflição nos seus olhos? Eu vejo os anjos, eu os guiarei até sua porta. Agora não há como fugir, piedade nunca mais. Sem remorso porque eu ainda me lembro do sorriso quando tu rasgaste-me em pedaços. Tu levaste meu coração, enganaste-me desde o começo, mostraste-me os sonhos e eu desejei que eles se tornassem realidade. Quebraste a promessa e fizeste-me perceber que tudo era mentira. Poderia ter sido para sempre, agora nós chegamos ao fim. Esse mundo pode te ter abandonado, isso não justifica o porque. Poderias ter escolhido um outro caminho na tua vida. O sorriso quando me rasgaste em pedaços."

. O sorriso quando me rasgaste em pedaços. Falsos "eu te amo" por trás de mentiras frias e calculistas, todo o drama, todas as certezas. Toda a culpa. E eu me mostrei inteira; desnudei por completo meu corpo, minha alma. Entreguei meu coração e fui cega. Eu devia saber. Devia saber porque, na verdade, sempre soube. Sempre lutei contra e, completamente frágil, fui um alvo fácil. Mais um alvo fácil, que grande coleção! Corações trancafiados no armário, cadáveres apodrecendo, mentes destruídas, cérebros dissecados. Machucar para não ser machucada. Por que me desaponto? É simplesmente o habitual egoísmo humano, por quê seria diferente? Falta caráter, muito caráter, falta tudo...
. E, o pior de tudo, é saber que, como sempre, a culpa cai em cima de mim e me devora. Viva. Viva? Desde o começo deste jogo - porque foi um jogo - eu sabia, deveria saber, que jamais dá para baixar a guarda. "Se defender sempre". Agora é tarde demais, dei tudo que eu tinha e perdi qualquer resquício de esperança. Continuar sobrevivendo...
Sobrevivendo vazia, sobrevivendo apesar por ver o sangue que não para de correr. O sangue é a única coisa que restou.
. A apatia toma conta, por mais que eu queira ser forte. Quero um lugar seguro... Um lugar que, se for para ser invisível, que eu seja invisível de verdade; sem máscaras, sem me esconder o tempo todo. Habituar-me-ia com a solidão e sairia das casca, poderia libertar tudo e conviver em paz com os meus demônios. Eu estou só, mas não estou só. E se for para estar só, que seja no seu real sentido. Sou invisível, mas não sou invisível; me odeio, mas me amo; quero morrer, mas estou viva; quero me esconder, mas preciso inventar uma forma qualquer de me mostrar, nem que seja monstrando máscaras das própias máscaras.
. É preciso fugir porque não há em quem confiar, sempre segundas intenções, sempre uma neorose. Ter esperança é se desapontar, confiar é se desapontar mais ainda. Nunca mais quero correr este risco. Confiei pela primeira vez na vida e fui traída, pisada; amei pela primeira vez da vida e roubaram os restos do meu coração...
Agora acabou, não serei mais eu a ser machucada.

sexta-feira, 6 de março de 2009

...

. Tudo que quero é morrer de uma vez, agora, imediatamente. Não agüento mais. Eu acreditei, eu me dei inteira, despi-me da cabeça aos pés. Vivi, abri meu coração, confiei pela primeira vez na vida. E fui traída em tudo, fui pisada, massacrada e estou completamente sozinha, completamente perdida. E é tudo minha culpa. Eu sabia, eu sabia que não deveria ter confiado, não deveria ter deixado ninguém ver-me de verdade...

Caindo...

. Eu tentei, juro que tentei. Anos e anos, sozinha, com o peso do mundo sobre os ombros. Ninguém me estendeu a mão, ninguém secou minhas lágrimas. Fui pressionada, amordaçada, torturada, presa, despedaçada. E agora estou caindo... E a luz se apagou, todas as portas se fecharam. Sozinha eu vim, sozinha eu vou. Sempre sozinha, mesmo sem sozinha estar. Dor e castigo; única companhia. Agora eu sei, sei que mesmo para uma menina má, o preço a se pagar é grande demais. Pesado demais. E agora estou caindo...
Perdoem-me, agüentei mais que o possível. Mesmo toda cortada, procurei costurar pequenos pedaços. Mesmo doente, procurei engolir todas as pílulas. Mesmo vazia, procurei uma luz. Mesmo sozinha, procurei não cair. Mesmo andando por caminho sem trilha, procurei não me perder. E fui juntando os pedregulhos. Mas estou caindo...
Estou caindo e ainda que tenha construído tudo que foi possível, não sou mais capaz. Não posso mais costumar, engolir, procurar, levantar, encontrar. Lutei com unhas e dentes e perdi. Tiraram-me minhas últimas armas. Vão me tirar a minha proteção. E sem chão, estou caindo. Sem ar, sinto-me asfixiada. Sem ossos, não posso ficar de pé. Sem amor, não posso viver.
Meu sangue ainda cai, meu ar ainda enche os pulmões, minha alma está morta e meu coração não encontra motivos para bater. A dor está me consumindo, me sufocando. Meu corpo grita por liberdade, meus sentidos gritam por sanidade. Tudo aponta para o mesmo caminho e já não posso mais. Perdi o ânimo, perdi a vontade, perdi a visão. De algum modo, perdi minha cabeça.
E ninguém pode entender, ninguém vai estender a mão. Não vai ficar tudo bem e palavras já não me servem mais. Sozinha estou, sozinha sempre estarei. Esta maldição será eterna. Não vou mais perder. Com o último gole, vou triunfar. Não preciso passar por isso, não quero, não posso. Não agüentarei. E vou sucumbir. Vou sucumbir, porque estou caindo...

Distimia.

. Que não me joguem pedras, mas a depressão é a pior doença do mundo. Não se pode tocar, não se pode sentir nem cheirar. Só está lá, enlouquecendo e se fazendo presente o tempo inteiro. Não tem remédio, não tem desgraça pior. É a doença dos amaldiçoados e incompreensíveis. Insanidade, fundo do poço.

Se fosse uma gripe, seria normal não ter vontade de sair da cama e ninguém acharia que é preguiça. Se fosse uma doença mortal, não seria problema querer morrer logo. Definhar seria tocável e visível. Se fosse qualquer coisa que explicasse as lágrimas constantes, a apatia que toma conta. Se fosse uma tragédia, algo que explicasse a incapacidade que dar amor, carinho, de fazer qualquer coisa. Se fossem as pernas amputadas e se houvesse um motivo para ter pânico de sair de casa e das pessoas. Qualquer coisa palpável, qualquer coisa que pudessem compreender.

Não se deseja morrer quando se tem tudo, não se pode desistir se alguém depende de você, há sempre tragédias piores e sempre, sempre, alguém vai abrir a janela e mostrar como o mundo é lindo lá fora. Mas os olhos são vendados e é tudo escuro, ouve-se mal e as pernas não conseguem se mexer;o corpo está exausto e o cérebro nem se lembra mais como funcionar. Procura-se motivos para o desespero e, no final, é sempre culpa da maldita serotonina.

Quando uma porta se abre duas se fecham, tudo que desce cai, menos na depressão. Na depressão, não há saída por mais que se procure, a luz no fim do túnel é inalcançável e o fundo do poço é sempre mais embaixo.

. OBS: é um texto, copiei de um blogger meu antigo e deu preguiça de ajeitar...

quinta-feira, 5 de março de 2009

Camaleão.

. Um camaleão; é isso que sou. Metamorfose. Refúgio; solução. E, ainda assim, sempre a mesma. – a reconfortando certeza que, mesmo em constante mudança, sempre serei eu, ainda que talvez, e quase certamente, ninguém conheça este eu. O único eu. O eu sem refúgios, sem máscaras. O eu que mora preso, trancafiado em um castelo fechado a sete chaves. Segurança!
Entretanto, pergunto-lhe novamente: será que algum dia sua segurança trará tranqüilidade? Você, finalmente, nos dará paz?
Desista! Já não há esperança. Nem para você, nem tampouco para mim.
Não, querida, não chore. Estamos sozinhas. Sozinhas! Não, não chore mais. De quem você precisaria? Nós nos bastamos, entenda. Você conseguiu! Conseguiu. Conseguiu...Sim, entendo, a alegria de ter conseguido já se foi; é a dor. A dor, profunda, lancinante, inefável; hóspede indesejável, e, no entanto, sempre presente. Sempre. Claro, posso sentir. Posso sentir em cada batida sôfrega do seu coração; posso sentir sua alma morta – nossa alma – pronta, enfim, para queimar de uma vez. Antes, porém, vá juntar seus cacos. Não posso fazê-lo por você, sabe disso. Por fim, não nos esqueça para trás, já que, e lembre-se disso, eu sou você e você sou eu. E estamos sozinhos.

Contradições.

. Cheia, até a cabeça. Dor. Que vai, que volta; e me consome inteira, sempre. É isso que sou,com uma casca repleta de arrogância. A felicidade, casualidade.Mas não, esta não é uma boa apresentação. No entanto, como apresentar um camaleão? Extremos. E depois, não contaria a verdade. Porque é o que sou: um poço de falsidade. Que, porém, transborda violência; destruição.E a solidão, então. E o porquê...O porquê que se esconde; se camufla. Tudo sou eu: nada. Nada. Sou nada!...O branco do nada contrastando com o negro; alma. E o sangue que jorra, alucinação. E as palavras...Que também jorram; sangue. O quebra cabeça sem peças, em êxtase. Sinto...Sinto, sem sentir. E sem sentir, sobrevivo. No estupro; corpo corroído. Folha em branco - vazio. E que certeza, anabalável, de já não ser eu.

Desprezo...

. Por mais que doa, tem certas coisas que sempre serão verdade. Uma delas, sem dúvida, é que por mais que uma pessoa diga que você sempre poderá contar com ela, na prática nunca é verdade. Nunca. Pode-se sempre contar com a dor, angústia, vazio, solidão, cortes, drogas, mas com pessoas... é tudo egoísmo, tudo auto-preservação. Se tudo está mal, então está mal, se tudo está bem, até que está mal. E enquanto tudo está bem, tudo está bem, enquanto existe algo para render para eles própios, ótimo. E depois?
. Eu tenho desprezo por isso. Há cada dia que passa, odeio mais as pessoas. Quero não me importar e acabo me importando, a tristeza sempre é maior que a raiva... Como já disse aqui, sempre fui invisível, continuo sendo, já devia estar habituada com isso há muito tempo. Me corto a noite toda, tentando ver se as manchas de sangue serão visíveis, mas acho de nada que tem haver comigo jamais será visível. "Você vai fazer as pessoas sofrerem pelo resto da vida". E faço, inclusive por ser quem sou... mas, ainda assim, creio que "amigos de verdade" deviam estar acima de tudo isso, acima de qualquer coisa. Engano-me. Mas não ficarei com alguém apenas por estar sozinha... Já consegui agüentar por anos a fio, dessa vez é só fechar os restos do meu coração com milhões de chaves impossíveis de abrir, correntes e tudo mais que for preciso. Ele era assim, fui abri-lo e estou morrendo de tanto desespero... Não cometerei o mesmo erro novamente. Preciso repetir todo segundo para mim mesma que quase ninguém vale nada, que o egoísmo sempre predomina, que não dá para esperar que ninguém tenha a atitude que eu teria. Ninguém jamais vai ter, isso é a maior certeza que tenho. É só repetir, é só repetir.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Mojô.

. Tinha escrito um texto gigantesco sobre algo importantíssimo para mim, mas o blogger deu erro e perdi tudo, então antes de reescrevê-lo, vou falar sobre um filme que vi hoje.
. "Cega Obsessão"
Palpável, tocante, sensacional do começo ao fim. O filme mostra - e diz - exatamente como é a obsessão, compulsão, angústia e a culpa. Não é um filme para ser visto, mas para ser tocado, tateado, explorado. O fundo do poço é sempre mais embaixo, a dor nunca é suficiente e, quanto mais se sofre, mais se quer sofrer. Cada novo passo, caminho sem volta; sensações perdidas para sempre. O preço jamais é alto demais e nunca, nunca para. Dor prazerosa, dor alucinante, angústia incurável. O nervoso precisa passar, se a pele coça, deve ser coçada. Se dói, precisa doer mais. Se o limite não se estende mais, é sempre possível dar-se um jeito. Sempre há mais e mais e mais há ser sentido. E sentir com a alma não é suficiente, é muito pouco, nada. Não alivia, fica-se apático. Cortar-se para ver-se vivo, sangrar para conseguir sentir que ainda há algo lá dentro. Algo que precisa ser posto para fora. Urgentemente. Para habituar-se, fica-se cego de tudo, surdo, mudo, imóvel. Apenas sentir. Apenas sentir importa. Mas não há muito para ser sentido, a culpa é sempre maior de tudo, a culpa invade tudo e o tudo precisa invadir a culpa. E, se há culpa, a dor jamais será suficiente. Quando aprende-se a sentir, sentir de verdade, nada jamais será a mesma coisa.