sexta-feira, 13 de março de 2009

Correntes...

. Preciso fugir, preciso me livrar destas correntes. Estão perseguindo-me. Membro e membro, passo a passo; cada respiração sôfrega. Não há onde se esconder e tudo é escuro, querem matar-me, querem dissecar-me e descobrir como funciona o cérebro de um mostro - o meu cérebro. Querem arrancar pedaço por pedaço, quem sabe não tenho um gosto gostoso, apesar de todo o exterior? Desespero-me, estou só, vejo vultos e não sei se são reais. São meus própios vultos? Ninguém pode me ajudar, querem destruir-me para que ninguém mais precise me ver.
. Vejo uma faca, uma foice, um martelo. Com o martelo, meus membros serão retirados. Não há nada para ver, há? Peço socorro, mas morri. Estou morta.
. E eu mesma me matei.

Um comentário:

rodr disse...

Você não está exatamente só.
Tenha-me como um dos vultos,
Uma das vozes que você ouve,
Uma companhia alucinatória,
que você não pode ver nem tocar.
É verdade: 'ninguém pode ajudar'.
Mas eu estou aqui, mesmo como um
fantasma ou uma alucinação.

Por favor, leia meu último post.
Se quiser, me diga o que achou.

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